Leila e Margot
Sítio da Serra
Nome da Fazenda
Sítio da Serra
Região
Mantiqueira de Minas
Estado
Minas Gerais
História do produtor
No coração da Serra da Mantiqueira, Leila tomava conta de um restaurante e Margot trabalhava em um banco, auxiliando produtores no financiamento de suas lavouras. Podemos ver, então, que a história das duas “comadres” com o café e a terra não foi herança de ninguém… Então, como será que isso começou?
Não é segredo para ninguém que todo começo de um grande sonho é feito de tempestades. Para Leila e Margot, não foi diferente! Era 1990, quando a medida econômica de confisco das poupanças afetou todos os brasileiros e, mais uma vez, para elas não foi diferente. E, para piorar, Leila tinha vendido o seu restaurante. Mas, apareceu uma luz no fim do túnel, e essa luz já cheirava a café.
O cheirinho do café começava a ser sentido
Um advogado conhecido conseguiu liberar para elas uma grande parte do dinheiro que havia sido retido, mas com uma condição: ele deveria ser investido em terras. E é nesse momento da história que elas encontram o Sítio da Serra, com 1 única árvore plantada e 5 mil covas abandonadas de café.
Margot, como uma boa apoiadora que sempre foi, forneceu coragem, e Leila, com sua dedicação e bondade infindáveis, entrou com toda a força. De tudo um pouco elas tentaram fazer naquelas terras: maracujás, gado, ervas medicinais e alguns grãos de café tradicional. Entre altos e baixos, motivação e cansaço, as terras continuavam à espera do sucesso.
O que é especial na vida sempre chega, cedo ou tarde
No ano marcante de 2011, depois de muito andar e procurar, Leila encontrou um agrônomo que já tinha se encantado pelas graças dos cafés especiais. Assim, os primeiros grãos desta joia foram colocados nas terras das duas comadres. O começo dessa nova história continuava sendo difícil, pois a cooperativa e os moradores da região não estavam adaptados e nem conheciam o valor de um café especial.
Mas o destino estava prestes a surpreender as duas amigas… Quando o café de Leila e Margot recebeu a segunda colocação do estado de MG e foi vendido à Espanha, o rumo mudou de vez. Elas puderam colocar o valor que queriam nos próprios grãos, conseguiram despertar o olhar das pessoas próximas para o que faziam, plantaram infinitas árvores, fizeram questão de nunca soltar a mão de seus funcionários para que crescessem sempre juntos, valorizaram cada pedaço daquela terra.
Seria inevitável admirá-las desse tanto
Como se não bastassem essas dificuldades da vida, elas ainda sofreram com roubos, trapaças e diversos outros problemas. Mas, enfim, se nós pudéssemos apresentar a vocês Leila e Margot em uma única palavra, essa palavra seria força! A persistência dessas duas mulheres não tem fim, e a paixão pelo que fazem, muito menos. Como Margot mesmo nos disse: “Vocês estão falando com duas cafeicultoras felizes!”. E, isso com certeza elas são! Podemos garantir que o café que chega até vocês nesta edição carrega uma história de muito amor pela vida e a mais pura força da mulher brasileira.